quinta-feira, 6 de maio de 2010

Folha em Branco

Minha cabeça anda pesada, quero desistir de ser o que não sou...de verdade, não está em mim.
Sempre fui idealista, queria a verdade sobre todas as coisas. E a verdade como uma criança que brinca de esconde-esconde, fugia de mim.
Eu perguntava: - Está quente? Está frio? E não havia resposta.

Não sou isso! Abdico de todos os meus direitos em favor de meus sonhos. Quero paz interior! A minha visão de paz...
Andei em guerra, medi forças, ultrapassei meus limites, vivi de angústias, me perdi de mim mesma.
Agora, resta o oco que me devora, das intensões desgastadas pela falta de substância.
Eu só queria ser notada, apenas isso. Que me percebessem. Mas andavam tão cabisbaixos conversando com seus umbigos... ou era eu que andava a me perder no meu?
Tento me transformar numa folha em branco. Pronta a aceitar a primeira letra e depois outra e outra. Reescrever o enredo do ponto onde parei.
Fique com o que é seu. Eu nem tinha certeza se queria tanto assim. Fique, se te faz bem. A mim, não importa.
Estou tão cansada.

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Quem sou eu

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carioca, taróloga, historiadora em formação pelo Instituto Federal de Goiás, mãe, crocheteira de fios e palavras, ensaísta e poeta de gaveta.