sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Suspiram pela alcova

"Tudo dantes no quartel de Abrantes"... suspiram pela alcova, sussurram em verso e trova, ciclanas e fulanos, a espreitar o final da estória.
Detesto gente com mentalidade provinciana! Essa moralidade repressora, de quem, se pudesse, faria mais e pior, escondido. A vida não lhe sorriu, né? Falta de oportunidade ou coragem é fogo! Restou então, tomar conta da vida alheia, como forma de tornar menos árida essa sua "existenciazinha" de merda.
Tentar fazer parte de enredos emprestados, amores imaginados, diálogos apaixonados decorados dos livros que jamais foram escritos por ou para você. Nunca foi musa de ninguém. Mal consegue que o sapo consorte pegue no tranco e vive na sobra do que um dia você pensou chamar de relacionamento.
Enfeita a lasanha com passas (nem combina), reescreve as memórias tentando dar sentido ao sentido que se perdeu.
Essa necessidade de se apegar ao que já acabou, é ridícula. É como tentar segurar fumaça entre as mãos. A inveja mata...lentamente. E você percebe que beijos febris não serão pedidos e sequer retribuídos. Não existe essa coisa de inveja branca, inveja boa. Inveja é sentimento sórdido, sem enfeites.
Quando a novela da vida dos outros passa a fazer parte integral da sua vida, querida: joga a toalha porque o jogo terminou faz tempo. O seu time perdeu e só Margarida (ou seja, você!) não viu.
Na boa, dá uma revisada aí, antes que morra de inanição. Falta de amor mata a alegria da vida e quem está feliz não para pra olhar a vida alheia. A felicidade é extremamente egoísta.

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Quem sou eu

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carioca, taróloga, historiadora em formação pelo Instituto Federal de Goiás, mãe, crocheteira de fios e palavras, ensaísta e poeta de gaveta.